sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Vencedor do “Ídolos” 2010, Israel Lucero planeja carreira com originalidade

FAMOSIDADES

Unânime, Israel Lucero recebeu a maior parte do votos do público e venceu a quinta temporada brasileira de “Ídolos” (a terceira na Rede Record) prometendo brilhar além do reality musical.

“O mais difícil é manter a fama agora. Tenho que trabalhar muito para isso, e espero continuar com esse sucesso”, disse Israel ao Famosidades, logo após ser anunciado como vencedor da atração, na noite de quinta-feira (23), no Via Funchal, em São Paulo.

A disputa entre o vencedor – um menino de apenas 17 anos – e seu concorrente Tom Black era acirrada, embora Israel disparasse como favorito. Com o estilo sertanejo – que vem atraindo jovens desde o fenômeno Luan Santana - ele aos poucos foi conquistando um público fiel no programa, fato que se comprovou em cada eliminação. O cantor escapou de todas, sem nem ao menos ir para a área de risco. O favoritismo se comprovou mesmo na final.

Em noite grandiosa, comandada por Rodrigo Faro e organizada pela produção do “Ídolos”, Israel cantou ao lado de Daniel (“um grande ídolo”, segundo o campeão) a canção ”Adoro Amar Você”. A coragem no palco foi motivo de elogio dos jurados. “Ele cantou com Daniel como se já fizesse aquilo há 20 anos”, explicou Paula Lima, componente do júri, ao ser questionada sobre o merecimento do título.

Divulgação/Rede Record

Divulgação/Rede Record

Com o prêmio de consagração na mão, o cantor terá agora uma longa estrada pela frente. Embora ainda seja novo, Israel já pensa grande para sua carreira, e faz questão de afastar comparações com Luan Santana. “Não tem nada a ver isso [comparações]. Meu estilo de sertanejo é mais raiz, mas eu quero migrar para o sertanejo universitário, também me interessa. Só que eu vou entrar nisso colocando minhas características, algo original”, adiantou.

O cantor já tem um contrato com a gravadora Universal para um disco cuja equipe de produtores será liderada por Marco Camargo, jurado do programa que vislumbrou em Israel “algo a mais”. “Ele tem muito talento, mas é preciso saber que existe muito chão para poder aprender e desfrutar do sucesso.”

Do outro lado, Tom Black não ganhou, mas sentiu um pouco o gosto da vitória por ter chegado tão perto. “Desde muito cedo eu trabalho com música, e não é agora que vou deixar a peteca cair”, declarou, abraçando sua mãe, que estava chorando no ombro do filho. “Se você acha que aqui é o mundo, que você sairá do ‘Ídolos’ sendo um popstar, está enganado. É depois disso tudo aqui que vamos trabalhar e fazer as coisas acontecerem mesmo”, declarou.

Sobre a vitória de seu adversário, Tom foi sincero ao dizer que a decisão do público foi justa, e desejou sorte ao companheiro. “Ele é digno de tudo que aconteceu aqui. Tem o coração puro e é merecedor dessa vitória. Amo Israel, aprendi a amar esse cara e posso dizer que nossa amizade é de verdade mesmo”, disse. No show da grande final, Black também cantou ao lado de um grande ídolo, Ed Motta, com quem fez dueto na canção “Manoel”.

Edu Moraes / Record

A festa cheia de convidados rendeu frutos. Até o final, “Ídolos” manteve-se líder de audiência, com cerca de 14 pontos na média do Ibope, segundo dados da própria emissora. Embora as estrelas do show fossem Tom e Israel, convidados também brilharam. A atração internacional Billy Paul trouxe classe para a final com o clássico de Louis Armstrong, “What a Wonderful World”, ao lado do tenor Jorge Durian (e com transmissão de imagens marcantes do processo de seleção da temporada 2010 do “Ídolos”).

Ed Motta e Daniel também cantaram sucessos. Motta subiu ao palco cantando hits “Arlequim” e “Fora da Lei”, acompanhado pelos oito finalistas do programa: Nise Palhares, Chay Suede, Rodrigo Valentin, Agnes Jamille, Tamires Santana, Romero Ribeiro e Maria Alice. Os ex-calouros ainda fizeram uma merecida homenagem ao centenário do sambista Adoniran Barbosa cantando, em coro, os sucessos “Samba do Arnesto”, “Saudosa Maloca” e o clássico “Trem das Onze”.

Já Daniel apresentou uma música inédita e relembrou um momento marcante de sua carreira com “Estou Apaixonado”, além de ter aberto a noite com “Disparada”, de Geraldo Vandré. Após a entrada de Daniel, Vale destacar o momento marcante em que os dois finalistas, Tom e Israel, entraram juntos e abraçados no palco ao som de “Wave”, de Tom Jobim.

Na reta final, o apresentador Rodrigo Faro segurou a plateia até o último instante antes de divulgar o anúncio do novo ídolo do Brasil. Ao ouvir seu nome, Israel mal conseguiu cantar a música que fecharia o programa. Faltou algumas palavras, no meio de tanta emoção, ao interpretar uma canção inédita que agora fará parte do seu repertório pós-”Ídolos”.

Faro não deixou de comentar a vitória de Israel, mas não confessou para quem era sua torcida. “Eu tenho que me anular. Claro que tenho meus preferidos, mas isso eu guardo para mim. As estrelas aqui são eles, os finalistas. Eu só transmito as emoções”, comentou. “Estou feliz com o resultado. Acho que o Israel está mesmo pronto para escrever sua história. Precisa só de muita garra.”

Para 2011, Faro projeta crescimento para o “Ídolos”, mesmo que não saiba quais serão as mudanças. A única coisa que o apresentador tem certeza, é o que o show não pode parar: “Não dá para mexer em time que está ganhando, então não vamos parar. Ano que vem tem mais!”.

Na terceira temporada, ainda fica difícil de encontrar uma fórmula para transformar calouros em ídolos nacionais. Provavelmente essa questão continuará sendo um mistério, embora não custe nada tentar descobrí-la ou até arriscar alguns palpites. “Um grande ídolo se baseia em quatro pilares. Ser afinado – claro -, ter carisma, ter estilo e fazer algo verdadeiro, que seja realizado com a alma. O resto ninguém consegue prever”, definiu o empresário Luiz Calainho, que integra a bancada do júri do “Ídolos”.

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